segunda-feira, 13 de maio de 2013

Depois da tempestade, vem a bonança.


Tive um dia tão agradável em Londres,
mas anoiteceu e tive de voltar às pressas para Paris.
Não imaginava, o que viria pela frente
durante a travessia da minha barca.
Enquanto todos respiravam saudosistas por seu dia londrino,
eis que pelo jeito Poseidon se irritou com algum problema em seu reinado
e o tempo virou. Começou uma enorme tempestade.
Foram ventos fortes, ondas gigantes, o mar agitado,
nos levava rolando pela barca, de um lado para o outro.
Alguns caíram em alto mar e lá ficaram,
outros saíram feridos,
mas, principalmente, a maioria saiu destroçado.
A tormenta durou várias horas,
era triste ver pessoas caindo no mar,
outras se ferindo e a maioria sendo devastada
pela fúria do deus dos mares.
Ninguém entendia o que houve ali.
E do nada, a tempestade passou. Estranho! Esquisito!
Sobraram apenas os destroços da barca.
Os que sobreviveram, se seguravam nas partes destruídas,
para que não perdessem suas vidas.
Poseidon fez um grande estrago. Os rumores apontaram para problemas
entre ele e uma de suas filhas, que deu com a língua nos dentes, sem querer,
e revelou os pontos fracos de seu pai.
Depois que fomos salvos por Zeus, que intercedeu pelo fim da nossa era,
e nos fez chegar em terra firme sãos e salvos, só nos restou esperar
o amanhecer de mais um dia de outono.
Ao chegar em casa, minha maior preocupação
era com aquela bela flor que brotara no jardim do vizinho,
e, claro, com o broto que havia surgido em meu próprio jardim.
Sentira tanta falta da beleza deles, que eram as únicas coisas que importavam,
para mim, ao chegar em casa. E lá estavam eles, praticamente, intactos.
A tempestade marítima gerou alguns respingos em minha formosa flor,
mas ela está bem, se mantém forte e cresce cada dia mais linda,
se é que isso seria possível.
O meu broto? Ah, meu broto, ele estava ali, quietinho, quase não sofreu arranhões
com a tempestade. Ele está firma e forte em seu lugar.
Percebo, que talvez, sua raiz esteja, primeiro, se fortalecendo,
para, em seguida, brotar a mais bela flor desse jardim de outono.
Ao menos, não pararei de regá-lo e protegê-lo, ele é minha esperança particular,
além é claro, de manter a flor do meu vizinho bastante regada e protegida.

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