sexta-feira, 31 de julho de 2009

uma breve história do ápice

eu já havia deixado
de escrever sobre amores.
mas um amor meu
resolveu fazer dessa crença
um passado remoto,
ao menos por algumas horas.
ela ressurgiu em meu pesar
em meus pensamentos
em meus sonhos
em minhas esperanças
resumida a apenas 1 hora.
onde se foi contada
numa pequena jornada de sua vida,
alías, a última jornada
os últimos 3 anos de sua vida.
uma vida forte, brava, revigorante
instigante, emocionante, vivaz
e sem esquecer
completamente romântica!
eu que ha pouco
descobri ser para casar,
não poderia negar o quão ela faz parte
da minha vida há uns 10 anos
e nos últimos três, mais forte que nunca!
ela, infelizmente, se foi há 46 anos
e há uma década vigia e entorpece minha vida!
estou a falar da grande -
embora pequena de tamanho
e de artrite, artrose e vício em mofina e calmantes,
vos falo de la mome piaf! Édith Geovanna Gassion!
pois como ela dizia:
"ame. ame. ame."
baseio minha existência!
amor, amour, love,...
tantas formas e jeitos para se definir teu sentido.
mas garanto que o único sentido real e verídico
és o que causa em meu peito,
meu pensamento,
minha existência,
meus sonhos
e minhas esperanças.
eu escrevo sim de amore
eu escrevo mais cartas de amor.


*dedica à Edith Piaf (Texto: Ricardo Montalvão)
eles se foram!
há 1 mês, ela se foi.
há 1 semana, ele se foi.
hoje, a dança está órfã de pai e mãe!
seus pais modernistas deixaram
um enorme legado,
porém uma grande falta.
pina bausch, grande estudiosa da dança-teatro;
merce cunnigham, grande mestre da dança pós-moderna.
mas como se diz por aí
"artista não morre, sai de cena!"
e eles saíram de cena.
o palco da vida fechou suas cortinas para eles.
contudo mestres como são,
continuarão a reger suas orquestras corporais;
a comporem suas partituras orgâncias;
a ensaiarem seus movimentos fluidos;
e a criarem físicas mecânicas.
afinal eles apenas passaram para a platéia!