sábado, 16 de outubro de 2010

e a gente vai se rindo
se olhando, se amando
enquanto a saudade
faz de nós
dois corpos em um só
em meu peito
há uma dor quase
interminável
dor que só termina
ao ter a saudade de ti
saciada a todo momento
e eu te procuro
aqui, ali, em qualquer lugar
e enquanto não te encontro
as coisas perdem o sentido
o tempo passa in-ter-mi-na-vel-men-te
DEVAGAR
e é uma dor que continua a consumir
minha existência, minha razão
uma saudade que a cada vez sentida
maior ela fica por te querer incansavelmente
olho para um lado, olho para o outro
e por vezes, demoro a te encontrar
demora que me encontre
eu peço a caneta,
eu teclo as teclas
eu digito no telefone
eu grito ao mundo
grito por você
grito para você
e a saudade
insiste em
continuar
direta
forte
uma
dor
e quando penso em não ter mais o que dizer
as palavras vão surgindo
sendo digitadas, escritas,
eu não consigo ficar
longe de ti, distante de ti
eu quero você para mim,
você comigo,
você em minha vida
eu te quero
por te precisar.