Os dias têm sido difícil.
São tantas horas solitário,
resumido em seis paredes,
que estou sucumbindo nessa paz mortal.
Eu entro em desespero. O que vai acontecer?
Durmo, acordo, como, engordo.
Não há vontade para nada.
Socorro!
Parece não haver expectativas
Parece não haver vida
Não há amor em Banzaê!
Não há amor em Banzaê?
Não(,) há!
Uma Caneca me salva,
Traz amor em pote de pelos
Será que falará?
Caneca não deve falar.
A língua enrola por tagarelar,
contudo não há ouvidos à espreita.
Como há de sobreviver
uma matraca calada?
Não(,) há!
Eu preciso falar.
Eu preciso gritar.
Como há de sobreviver
uma matraca calada?
Não(,) há!
Os dias passam lentamente, o ar me falta.
Puxo. Nada!
A memória falha, o vinil arranhado,
um rodopio sem parar.
Como há de sobreviver,
uma matraca calada?
Não(,) há!
As possibilidades se esgotam aos poucos,
não há amor em Banzaê?
Não(,) há!