quarta-feira, 3 de abril de 2024

Ah, Banzaê! - o retorno

Banzaê dos meus pecados,

Banzaê do meu agrado.

Os dias têm sido bem menos dolorosos,

não significa dizer que são agradáveis.

Eu tenho me acostumado a viver no ermo,

no vazio, no hiato, na poyesis.

Entre o pensar e o agir, eu tenho vivido parado no tempo.

Tenho me acostumado, sim, mas ainda dói.

Minha casa tem se tornado acolhedora, sinto vontade de estar nela.

A vontade de sair, passou. Imaginar-me saindo de casa, me incomoda.

Minha casa, minha vida, meu refúgio.

Virei uma velha aposentada, só que trabalhando.

Não saiu de casa pra nada. Aliás, só pra fazer as compras do mês.

Vivo trancado naquelas paredes, só que, agora, por vontade própria.