SONETO DE SEPARAÇÃO
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente. ( * )
( * ) - Poema de Vinícius de Moraes que marcou muito minha vida, na época em que fazia teatro - recitado por uma das atrizes da companhia a qual eu também fazia parte na época, o nome dela é Aline Braga. Lembrei do dia em que fomos apresentá-lo no Hotel Parque dos Coqueiros, num congresso da UJS, e no momento desta cena, a imagem ficou gravada em minha memória e desde então não saiu mais. Me marcou por muitos fatores pessoais, uns que não valem a pena se quer lembrá-los e outros que me fazem indiferença.
3 comentários:
De certa forma marcou minha vida tbm :p
ahuahua
Esse soneto é lindo
Adoro Vinicios...
Acabou saindo como Anonimo!! hahuauhaha
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